6ª Jornada de Estudos em Música e Mídia

Programação da 6ª Jornada de Estudos em Música e Mídia

6ª Jornada de Estudos em Música e Mídia

6ª Jornada de Estudos em Música e Mídia:
Quando os Beatles visitaram o Tio Sam
(A invasão da Beatlemania aos Estados Unidos)

No dia 21 de maio, quarta-feira, acontece a sexta edição da Jornada de Estudos em Música e Mídia, trazendo como tema a invasão da beatlemania aos Estados Unidos. O evento, realizado pelo Centro de Estudos e Música e Mídia, ocorre das 10h30 às 17h, acontecerá na UNIP campus Indianópolis (Rua Dr. Bacelar, 1212, Vila Clementino, São Paulo, SP), na sala 401. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no dia do evento, a partir das 10h. Confira abaixo a programação do evento.

CONFERÊNCIA DE ABERTURA

Os Beatles e seus concorrentes – um panorama

Prof. Ms. Julio Cesar Lancia

Passado meio século da estreia dos Beatles em solo norte-americano, a dimensão de mito maior que a vida adquirida pela banda durante meros oito anos de carreira fonográfica, somados aos 40 e poucos de nostalgia nos leva a questionar se essa unanimidade já não se deve a uma certa perda dos referenciais acerca contexto: de onde eles surgiram, ascenderam e reinaram. Sem pretender aprofundar questões extramusicais, este trabalho visa esclarecer como o Quarteto se destacou, logo nos seus primeiros anos de gravações – 1962 a 1965 – tendo como espelho os seus concorrentes no âmbito da música jovem, do mesmo período.

Julio Cesar Lancia, compositor e guitarrista, é bacharel em Composição e Regência e Mestre em Musicologia pelo Instituto de Artes da Unesp. Iniciado pelo tio beatlemaníaco, aos 10 anos chorou com a morte de John Lennon e desde então decidiu saber tudo sobre o Fab Four. Contato: jclancia@gmail.com.

MESA-REDONDA

Beatles: entre deuses e demônios

Prof. Dr. Jorge Miklos
jorgemiklos@gmail.com

“O rock é uma expressão básica das paixões que, em grandes plateias, pode assumir características de culto ou até de adoração, contrários ao cristianismo.”
—Cardeal Joseph Ratzinger, Papa Bento XVI
Na era do “reencantamento do mundo”, o grupo musical de Liverpool ora era apresentado como “sacerdotes do anticristo” ora como portadores de uma mensagem divina. A frase de John Lennon “somos mais populares que Jesus Cristo” repercutiu no mundo todo, recebendo ataques de religiosos, gerando eventos em locais públicos de jovens queimando discos dos Beatles, e até mesmo grupos fanáticos esperaram a banda do lado de fora do show para tentar matá-los. Por outro lado, os Beatles tornaram-se objeto de culto e de idolatria. A comunicação visa refletir acerca desse fenômeno em um tempo de transição de rituais tradicionais para rituais profanos.

O admirável mundo jovem configurado pelos Beatles nas canções

Profª Drª Anna Maria Balogh
baloghfenix@hotmail.com

Todo artista, ao criar uma narrativa, seja ela fílmica, televisiva ou musical, tem o privilégio de inaugurar um novo mundo. No relato de apresentação que o inaugura têm-se as personagens, o tempo e o espaço representados dentro de um frame temático. Os micro-universos narrativos criados pelos Beatles em suas canções ofereceram a toda uma geração um universo com o qual os jovens se identificaram de forma catártica. Uma imersão na linguagem deste mundo singular deverá resultar no encontro de alguns elementos constantes do imaginário próprio da geração de fãs da banda, configurado nestas canções. Eis o que se pretende discutir em termos narrativos e discursivos.

Culturas juvenis, cultura pop e pós-modernidade nos anos 1960: esboços para um debate

Profª Drª Simone Luci Pereira 
simonelp@uol.com.br
A chegada dos Beatles aos EUA coincide (não por acaso) com a expansão e consolidação de algo que já se esboçava desde a década de 1950 (conforme E. Morin), no que se refere a uma certa juvenilização da cultura, onde moda, cinema, publicidade, vestuário, música começam a se voltar para esta faixa etária, promovida a partir de então ao modelo de vida hegemônico, aliada à estruturação de uma sociedade do consumo, em que questões como identidade e pertencimento tem forte presença. Uma noção de cultura pop articulada a juventude passa a ter dominância no mundo ocidental, onde o rock e os Beatles tiveram papel fundante e marcante. Discutir aspectos históricos e teóricos do fenômeno da juvenilização da cultura ocidental, culturas pop juvenis nos anos 1960, bem como aspectos correlatos ligados ao multiculturalismo e pós-modernidade a partir do marco que foi a beatlemania, constitui-se nos objetivos desta comunicação.

I need somebody: como os talk shows contribuíram para a disseminação da cultura pop norte-americana

Profª Drª Fernanda Mauricio
fernandamauricio@gmail.com
Este artigo tem como objetivo apontar de que forma os talk shows norte-americanos contribuíram para a disseminação da cultura pop por todo o mundo. Como recorte, utilizaremos a apresentação dos Beatles no programa The Ed Sullivan Show, em 9 de fevereiro de 1964. O cenário, as imagens e a trajetória do programa indicam a força do gênero televisivo em disseminar estilos de vida consolidando novas formas culturais.

Here, there and everywhere: Yesterday Revolution! As canções de Lennon e Mc Cartney e o conceito de nomadismo

Profª Drª Heloísa de A. Duarte Valente
musimid@gmail.com
O Quarteto de Liverpool notabilizou-se por várias razões. Em se considerando o aspecto musical, destaca-se a originalidade, em altas doses de variedade e complexidade. Para além das ‘baladinhas dançantes’, o cancioneiro da dupla Lennon- Mc Cartney inspirou-se em gêneros pouco explorados na linguagem do rock de sua época, além de visitar a tradição culta do passado. Originalidade somada a complexidade, na composição, permite o desdobramento da obra em versões nômades, no dizer de Zumthor. Ao se transmudar, traduzindo-se em novas variantes, a canção mantém a sua longevidade e se fixa como memória da música e da cultura. Esta comunicação apresentará algumas dessas derivações nômades, contextualizando-as no âmbito de uma cultura que reporta a uma paisagem sonora particular.

PAINEL I

Quando os Beatles visitaram Onkel Fritz: a “invenção” da Beatlemania na Alemanha

Prof. Ms. Sandro Figueredo
prof.sandrofigueredo@gmail.com
Antes de visitarem o Tio Sam, os Beatles estiveram em um outro país ainda mais fundamental na história da banda inglesa: a Alemanha. Nesta comunicação, apresento os passos do grupo em sua primeira passagem pelo país, entre os anos de 1960 e 1962, e no posterior retorno, em 1966. Nosso objetivo é apresentar o relato destas turnês que precederam e sucederam a famosa viagem aos EUA, com destaque para a repercussão midiática de seus shows, as peripécies dos integrantes em território germânico e as marcas que a turnê deixaria não somente no som e na imagem da banda, mas também no país – que ainda se recuperava do pós-guerra e já se via diante da separação com a construção do Muro de Berlim (em 13 de Agosto de 1961). Foi neste país, envolto em questões de identidade e conflitos políticos e ideológicos, que os Beatles realizaram os primeiros registros fonográficos enquanto banda, e também foi na Alemanha que gravariam um compacto cantando em (nem tão) bom alemão. Quando os Beatles visitaram Onkel Fritz.

Give peace a chance! Um Beatle e a eleição presidencial dos EUA

César Alencar
alencar.cesar@mail.com
Estevaldo Franco
tecofranco@mail.com

John Lennon, desde meados dos anos 1960, era monitorado pelo governo estadunidense e britânico por se tratar de uma pessoa que se envolvia em atos políticos. Em 1969, os recém-casados John Lennon e Yoko Ono mudaram-se para os EUA. Ali, Lennon foi considerado uma pessoa que atrapalhava a vida política do presidente Nixon e acabou sendo iniciado um processo para que o casal fosse deportado. Neste período, gravou, junto com outros grandes nomes da música, Give Peace a Chance, uma música a favor da paz, que atingiu a 14ª posição da parada Billboard e que se tornou um hino contra a Guerra do Vietnã. O documentário Os EUA × Lennon retrata esta fase da vida do ex-Beatle. Com a exibição de trechos da obra, nosso objetivo é analisar o poder do ídolo Lennon em reunir artistas e tornar-se um símbolo de luta pela paz. Com o Bed in – Na cama com John e Yoko –, uniu artistas que visitavam o casal em uma cama de hotel, atraindo a imprensa que deu visibilidade ao movimento e que poderia, naquele momento, interferir na campanha eleitoral para a presidência dos EUA.

A chegada dos Beatles no iPod: venda legalizada da discografia da banda no iTunes e seus desdobramentos

Carolina Ferreira
carolina.ferreira@mail.com

Neste breve trabalho pretendo expor o (demorado) acerto entre a gravadora EMI e a Apple Inc. para a disponibilização legal da discografia dos Beatles no iTunes. Por sete anos, desde a criação em 2003, a empresa americana tentou disponibilizar o catálogo da banda britânica para download em seu software. Somente no ano de 2010, o download das canções foi liberado pela antiga gravadora, estabelecendo assim um novo marco na carreira do grupo: a entrada na era do download legal. Deste modo, para esta apresentação serão utilizadas fontes primárias retiradas de jornais e revistas norte-americanas. A pesquisa se baseará em artigos e notícias obtidos através da busca online nos acervos dos seguintes jornais e revistas: New York Times, Billboard, The Guardian (US) e Washington Post. A escolha por estes meios se dá, principalmente, pela disponibilização do acervo em meio virtual possibilitando o acesso sobre todas as notícias relacionadas ao tema da pesquisa. As análises dos dados obtidos, até o momento, levam a discussões sobre a crise da indústria fonográfica tradicional (grandes gravadoras) e as novas tecnologias para divulgação e venda da música. Além disso, é interessante ressaltar que a discografia dos Beatles foi lançada em todos os formatos existentes na história da indústria fonográfica, sendo líder de vendas até no formato .mp3, quando finalmente chegou no iPod.

50 anos de beatlemania nas telas: os Beatles no cinema (1964-2014)

Prof. Ms. Marcos Kurtinaitis
mkurtinaitis@usp.br

De caráter informativo e panorâmico, mais do que propriamente analítico e acadêmico – aspectos que serão aprofundados posteriormente em artigo escrito derivado –, esta comunicação pretende relembrar a longeva relação dos Beatles com o cinema, apontando caminhos para o estudo e a crítica dos filmes diretamente vinculados à carreira do quarteto de Liverpool. A ideia é comentar a carreira cinematográfica do quarteto, materializada nos inovadores e influentes longas-metragens estrelados por eles e lançados ao longo dos anos 1960, mas não apenas. Ampliando a abrangência dessa presença dos Beatles no cinema para incluir também filmes sobre o quarteto não efetivamente estrelados por eles, mas também aqueles em que eles tiveram participação indireta – como grupo ou individualmente , documentários e obras de ficção sobre a trajetória da banda e de seus membros, paródias, homenagens, obras de ficção inspiradas em seu trabalho e mesmo filmes que se valem de suas músicas na trilha sonora, a comunicação constitui um panorama da influência do quarteto sobre o cinema e do cinema sobre suas composições.

PAINEL II

Além da música: a identidade visual dos Beatles

Luiz Fukushiro
luiz.fukushiro@usp.br

Em doze álbuns lançados em menos de uma década, os Beatles semearam novos parâmetros para o pop, não somente no que se refere à música em si. Com fortes elementos visuais, as capas dos discos também criaram preceitos para a indústria fonográfica, que agora também precisava se apoiar na visão para ter sucesso no mais novo meio de comunicação de massa: a televisão – não à toa, a British Invasion começa em um programa televisivo. Com os Beatles, o rock deixa de ser mais um gênero musical, e passa a ser um estilo de vida que une a atitude transgressora ao consumismo em diversas frentes.

A herança visual da beatlemania

Sabrina Brandão Santiago
sabrinabenlevi@bol.com.br
Rosicler Santos
santosrosicler14@gmail.com
Gabriela Giamoniano
ggiamoniano@gmail.com

Os Beatles sempre foram um referencial musical, mas, além disso, se tornaram também uma inspiração por sua identidade visual. Com o passar dos anos vários artistas acabaram segundo essa identidade visual da banda e inspirados nas capas de seus discos criaram suas próprias capas utilizando elementos visuais, tipografias e diagramação. Além dos músicos que se inspiraram e homenagearam a banda em seus discos, muitos artistas criaram peças gráficas baseados nos elementos visuais legitimados pelos Beatles, que por sua vez se utilizaram de vários elementos presentes nos movimentos artísticos dos anos 60.  A beatlemania se tornou mais que um simples movimento de fãs, mas um referencial visual que é utilizado até hoje de capas de CDs que os homenageiam até cenas em desenhos animados.

A influência da arte moderna na animação Yellow Submarine

Loren Paneto Bergantini
lorenpbergantini@gmail.com

O filme Yellow Submarine (1968), baseada na música homônima dos Beatles e dirigido por George Dunning optou por procedimentos estéticos incomuns às animações da época, os quais remetem às influências de movimentos modernos nas artes visuais desde o início do século XX. Esse trabalho tem como objetivo reconhecer algumas das referências visuais encontradas na animação e relacioná-las com exemplos das tendências modernistas das artes visuais europeia e norte-americana precedentes como: cubismo, surrealismo, popart, entre outros.

Abbey Road: memória e tradição

Fabian Macrini
macrini@yahoo.it

Assim como apresentado por Valente (2001) a criação das mídias sonoras, especialmente o disco e o rádio, deram origem a um novo gênero de produção musical: a canção popular urbana, uma canção composta para ser fixada tecnicamente e transmitida pelas ondas elétricas e eletromagnéticas. A canção criada pelo e para o mundo discográfico tem características próprias, que se transformam de acordo com imperativos tecnológicos, ideológicos e muitos outros. Reciprocamente, a canção também realimenta e reinventa, a seu modo, o meio que a gerou. A este tipo de canção deu-se o nome canção das mídias. Para exemplificar a relação de memória (reprodução/cópia) e tradição apresentamos o disco Abbey Road da banda britânica The Beatles.
Abbey Road foi o 12° álbum lançado pela banda em 26 de setembro de 1969, e leva o mesmo nome da rua de Londres onde situa-se o estúdio Abbey Road. O album produzido e orquestrado por George Martin para a Apple Records foi marcado pelo uso de novos recursos tecnológicos como o sintetizador Moog, que começava a ser utilizado em grande escala dentro do rock, possibilitando que qualquer som fosse gerado eletronicamente. Dentre as músicas que apresentam tal recurso podemos destacar Here Comes the Sun de George Harrison. Ainda a capa de Abbey Road serviu de inspiração para diversos outros artistas reforçando sua posição como ícone de memória.

PAINEL III

A imagem de uma banda: o processo iconofágico dos Beatles

Bruno Maia
nomaia@gmail.com

A sociedade contemporânea nos apresenta textos culturais da beatlemania que emanam do imaginário ocidental mesmo depois de décadas do final da banda inglesa. Partindo dessa óptica, este estudo propõe analisar o possível processo iconofágico (BAITELLO, 2005) entre os fãs da banda Beatles e a imagem presente na banda All You Need Is Love – banda paulistana cover da banda inglesa – apoiado pelas mídias terciárias. A pesquisa parte da suposição de que não há uma relação dos fãs com os membros da banda cover (All You Need Is Love), e sim, uma fantasia de relação com a banda original (The Beatles) que, nesse caso, se trata apenas da imagem e atmosfera produzidas em seu entorno de modo a alimentar o processo iconofágico em questão. Para isso, nortearemos a pesquisa a fim da entender o conceito de cultura pelo viés da complexidade, cultura de massa, iconofagia, bem como a banda The Beatles e seu cover All You Need Is Love. A pesquisa será apoiada nos conceitos teóricos de autores como Edgar Morin, Dietmar Kamper , Norval Baitello Jr., Vilém Flusser, Malena Contrera e Ivan Bystrina.

Os Beatles das Gerais

Ana Cláudia Costa
anaclaudiacostaa@gmail.com

O trabalho consiste numa pesquisa acadêmica sobre as influências comportamentais e musicais de um dos maiores fenômenos, os Beatles, sob a cultura brasileira. O recorte é realizado na relação entre os Beatles e o movimento musical mineiro, Clube da Esquina, precisamente sobre o período de 1968-1978, englobando os álbuns Clube da Esquina 1 e Clube da Esquina 2, além de obras como Milagre dos Peixes, Minas e Geraes, do cantor Milton Nascimento. Ainda, são estudadas as relações dos Beatles em outros grupos musicais, como a Tropicália e a Jovem Guarda.

While my guitar gently weeps… Os anos multicoloridos do iê-Iê-iê em tons de chumbo

Marta Fonterrada
martafonterrada@gmail.com

A década de 1960 constitui o auge da penetração do rock em todo o mundo. Nessa mesma época, em que vários países viviam sob a repressão política, outros gêneros musicais compartilhariam a preferência dos radiouvintes e consumidores do mercado fonográfico. Dentre elas, destaca-se a canção romântica italiana, responsável por uma expressiva fatia de vendas, em caráter planetário. Várias dessas “baladas” serão inspiradas em obras lançadas pelo grupo The Beatles. Esta comunicação pretende apresentar algumas reflexões iniciais sobre estes hits e sua relação com o mercado brasileiro, a partir do repertório italiano.

Versão brasileira: versões em português de algumas canções de sucesso dos Beatles que tiveram grande repercussão na mídia do Brasil

Mauro Nascimento Clemente
mauronclemente@gmail.com

Este trabalho propõe-se a analisar as versões em português de algumas das canções de sucesso do grupo inglês The Beatles que tiveram grande repercussão na mídia do Brasil nos anos 1960 com Renato e seus Blue Caps e também nos anos 2000 com Rita Lee no compacto Bossa’n Beatles. Pretende-se realizar um comparativo das canções originais com as versões brasileiras e usar os conceitos de tradução, versão e paródia conforme as definições dos termos. Busca-se ancorar a base teórica nos estudos de Walter Benjamin sobre a “Tarefa do tradutor” e também nos de Haroldo de Campos sobre as “Trans-criações poéticas”. Deve-se mostrar, por fim, as diferenças entre os resultados criativos nestas versões e ponderar em que medida elas se transformam em homenagens feitas pelos aficionados da banda de “rock’n roll” mais conhecida do planeta.

What would you think if i sang out of tune: As canções dos Beatles e suas possibilidades de interpretação vocal

Prof. Ms. Sheila Minatti
sheilaminatti@gmail.com
Carlos Eduardo do Nascimento
carloseduardo.n.art@gmail.com

As canções dos Beatles tiveram uma enorme quantidade de regravações, que transitam entre diversos gêneros musicais. Grandes intérpretes de outros estilos musicais e vocais, como Sarah Vaughan, Elvis Presley e Cathy Berberian imprimiram suas marcas em suas versões e comprovando as múltiplas possibilidades interpretativas que permeiam estas canções. Esta comunicação busca lançar um olhar sobre a utilização da voz neste repertório de maneira a compreendê-la não somente através uma análise técnica, mas como produto final de um contexto cultural, que influencia diretamente as escolhas interpretativas.

O Erudito em Beatles e os Beatles no Erudito

José Marcelo Martins
marmarcello@ig.com.br

As influências da Música Erudita nas composições dos Beatles são notórias e inegáveis, arranjos de cordas e metais, simulação do cravo executado com ornamentações próprias das composições barrocas (eruditas) e arranjos vocais. O mesmo podemos dizer sobre as configurações históricas da linguagem dos Beatles na Música Erudita, pois hoje temos grandes orquestras e cantores que se apresentam pelo mundo com o repertório dos Beatles. A musicalidade deste grupo não se restringiu somente ao meio musical, invadiu o cinema e a literatura. Esta música que perdura por meio século continua influenciando orquestras, cantores, instrumentistas e pesquisadores.As reflexões de Martin Barbero sobre as transições entre popular, erudito e de massa; e as discussões das terminologias erudito/popular de Paul Zumthor apontarão se há ou não legitimação destas influências.

RECITAL

What would you think if I sang out of tune?

Fabian Macrini